Mitos da criminalidade juvenil na sociedade e o papel da mídia é discutido em seminário

Porto Alegre (RS) – A Defensora Pública Digirente do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (NUDDH) e Coordenadora do Centro de Referência em Direitos Humanos (CRDH), Mariana Py Muniz Cappellari, participou, na condição de palestrante, do Seminário “Criminalidade Juvenil: Desconstruindo Mitos”, promovido pela Fundação de Atendimento Sócio-Educativo (FASE), no dia 6 de dezembro, no auditório do Foro Central-II, na Capital. O encontro apresentou, por meio de paineis de debates e discussões, um novo viés para o imaginário popular sobre as questões ligadas à socioeducação.

Em sua fala, a Defensora afirmou que para mobilizar a sociedade é preciso desconstruir os mitos, especialmente sobre o que é a medida socioeducativa e o desconhecimento de que nela há restrição de liberdade. “A palavra ‘pena’ remete a uma noção de castigo e arrependimento e isso satisfaz muito mais a necessidade da maioria pessoas. Existe um pensamento mágico no sentido de que no mundo desses adolescentes ‘não dá nada’. Mas existe o atendimento socioeducativo e as pessoas não o sabem como ele se dá. O sistema tem caráter punitivo, mas também de educação”, avaliou.

Também participaram da discussão no Seminário o Presidente e o Diretor Socioeducativo da Fase, Robson Luis Zinn e André Severo, respectivamente, a Secretária da Justiça e dos Direitos Humanos, Maria Helena Sartori, o Juiz de Direito João Batista Costa Saraiva, o promotor de Justiça da Infância e da Juventude de Porto Alegre e o titular do 3º Juizado da Infância e Juventude de Porto Alegre, Júlio Almeida e Charles Bittencourt, respectivamente, e os jornalistas Marcos Rolim, Andrá Machado, Manoel Soares e Juremir Machado da Silva.

Texto: Nicole Carvalho/AscomDPERS* Com informações da ASCOM/FASE
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